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EDITORIAL

O nosso rico Brasil, pais do futebol, da Copa do Mundo e da Olimpíada de 2.016


Não só para os empresários do trade turístico os próximos anos representarão perspectiva de crescimento do setor, mas praticamente para todos os segmentos da atividade econômica..

Não só para os empresários do trade turístico os próximos anos representarão perspectiva de crescimento do setor, mas praticamente para todos os segmentos da atividade econômica, que com toda certeza estes serão impactados por eventos do Turismo Esportivo, e afinal teremos mais uma oportunidade de vivenciar os já amplamente divulgados dados da OMT - Organização Mundial de Turismo www.unwto.org que asseguram que no Brasil, o “Turismo tem impacto direto em 52 atividades da economia”.


Mais do que isso, estamos falando aqui uma vez mais de melhoria de qualidade de vida da população, da valorização de nossos Recursos Turísticos Naturais e Culturais, bem como da necessidade premente de transformamos estes Recursos em Produtos Turísticos de fato.


Novos investimentos não só em Praças e Arenas Esportivas, mas principalmente na construção, reforma e ampliação dos Meios de Hospedagem, novos investimentos no Setor de Gastronomia, de Prestação de Serviços, na Organização de Eventos e também na ampliação da estrutura de Lazer e Entretenimento se fazem prioritários; além é claro da permanente preocupação na qualificação de nossos serviços, buscando sempre a excelência!


A surpreendente vitória do Rio de Janeiro como cidade sede para 2.016, surpreendente sim porque tínhamos nós brasileiros como concorrentes cidades muito mais desenvolvidas e preparadas como Chicago, Madrid e Tóquio, deu início a discussão e ao debate gerado a partir do momento da escolha, afinal, como esquecer os Jogos Pan Americanos que custaram exatos 1.287% a mais do que o valor orçado inicialmente de R$ 400 milhões? Onde afinal está a “Lei das Licitações” que tira o sono de tantos gestores honestos que se vêem “atormentados” pelo TCU?


E como esquecer o que a imprensa tanto tem divulgado acerca da ociosidade da maioria dos equipamentos esportivos construídos para o Pan? Além disso, há obras que até hoje jamais foram terminadas, como estação de tratamento de esgoto, por exemplo.


Especialistas e autoridades classificam como ZERO os resultados deixados pelo Pan do Rio de Janeiro, pois pouco mais de dois anos do encerramento dos jogos, ainda se discute o legado esportivo e social que o evento deixou para a cidade. Entre promessas de equipamentos esportivos modernos, novas escolas, melhorias do sistema de transporte e despoluição das lagoas e da Baía de Guanabara, a verdade é que pouca gente pode usufruir dos resultados positivos deixado pelo Pan.


Em 2007, Juliana Veloso conquistou a medalha de bronze na plataforma de 10m, nos saltos ornamentais. Ela, no entanto, gostaria de ter outras lembranças. Ela treina no Fluminense e não tem um trampolim adequado. No Maria Lenk, são três praticamente sem uso: “Mesmo assim, não podemos treinar lá. De que adianta organizar uma competição se não podemos utilizar as instalações depois?” - reclama a atleta, fazendo um alerta para 2016. - “Temos que nos perguntar se queremos fazer uma competição para bater palmas para os atletas lá de fora. O legado do Pan foi quase nenhum”.


Parte significativa de medalhistas não tiveram seus contrato de patrocínios renovados, alguns atletas até hoje tem dificuldades com patrocínio.


Ou seja, não será este o momento exato para que o setor privado, as ONGs, as entidades do setor e a população como um todo se organizem de uma vez por todas, adotando formas de fiscalizar, controlar, cobrar e exercer acima de tudo, exercer sua cidadania, uma vez que os orçamentos para a COPA de 2.014 e para a OLIMPIADA 2.016 são vultosos e causam preocupação para um país, que infelizmente coleciona fatos reais e históricos de mau uso de recursos públicos?


Euforia do Trade Turístico à parte temos conhecimento de que para os Jogos Olímpicos de 2.016 as exigências na oferta de leitos para a cidade do Rio de Janeiro são de 40.000 leitos disponíveis nos mais diversos Meios de Hospedagem, contra os 28.000 leitos existentes hoje. Vale lembrar que os jogos têm duração de apenas 17 dias, considerando também é claro a demanda oriunda do Pré e Pós evento, ainda assim se os responsáveis pelo Planejamento Turístico não tiverem um plano adequado, o que fazer com tantos leitos que ficarão disponíveis após a Olimpíada de 2.016? Incrementar o Turismo de Lazer? Incrementar o Turismo de Negócios, Eventos, Congressos e Feiras? Dar finalmente a devida força ao desenvolvimento do Turismo Esportivo, bem como na formação de atletas de ponta, uma vez que teremos disponíveis um número de equipamentos esportivos em quantidade ainda maior do que o Pan nos deixou?


A preocupação com a oferta de leitos que deveremos ter para o Rio de Janeiro pode, por exemplo, ser avaliada em função do resultado da especulação imobiliária acontecida anos atrás em São Paulo, onde segundo dados estatísticos, nos dão conta de que a cidade de São Paulo tem hoje uma oferta de leitos superior a cidade de Nova Iorque!


Ou seja, passada a emoção e a entusiasmo de alguns, após a definição de dois eventos de grande porte em nosso país, eventos estes, diga-se de passagem, os maiores do planeta, devemos lembrar que os não tão distantes assim anos de 2.014 e 2.016, nos trazem à consciência que é chegado o momento de se discutir, planejar, e divulgar bem nossas cidades, mesmo porque para o Rio de Janeiro, por exemplo, não será possível fazer um PHOTOSHOP gigantesco, escondendo as favelas nos morros da cidade maravilhosa, como não podermos deixar de lembrar que números divulgados esta semana, revelam que estamos ainda em 35º lugar no ranking mundial do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_Humano


Além disso, neste sentido, nos preocupa como brasileiros, que especialistas afirmam que o Brasil tem o maior programa assistencialista do mundo, e neste sentido, por que não, uma vez mais lembrar a todos, que o Turismo é grande gerador de emprego e de novos negócios, que investimentos em Turismo, geram empregos muito mais baratos do que qualquer outro setor da economia, e lembrar também que o setor é em sua maioria de pequenos negócios uma vez que mais de 90% dos empreendimentos do setor, empregam no máximo 40 pessoas.


Vale então ressaltar e destacar que em paralelo a todas estas preocupações, é fundamental que recordemos que já há muitos anos, entidades como EMBRATUR, Ministério do Turismo, SEBRAE e SENAC desenvolveram e ainda permanecem a todo vapor com ações de SENSIBILIZAÇÃO, de FOMENTO, de PLANEJAMENTO, de GESTÃO DE NEGÓCIOS e de CAPACITAÇÃO DE EMPRESÁRIOS E OPERACIONAIS, exatamente para que efetivamente possamos nos tornar um destino turístico concretizado e sustentável.


Não se iludam os gestores municipais que imaginam que eventos deste porte não têm impacto inclusive nas pequenas cidades, porque assim perderão o bonde da história, porque a reboque destes dois mega eventos, nos períodos pré e pós evento, serão comercializados os destinos turísticos que estiverem mais bem preparados e com uma política de venda agressiva e bem defina. Além disso, ainda assim, mesmo que destinações mais distantes não tenham de fato impacto direto e imediato, vale destacar a importância da Economia da Experiência, e do Benchmarking.


E como pode o povo brasileiro apoiar Copa do Mundo e as Olimpíadas em nosso pais? Desde já, mudando os seus maus hábitos, respeitando o próximo, deixando de passar com o sinal fechado, de furar filas, de querer levar vantagem e respeitando lugares numerados na praças esportivas. Fazendo CADA UM A SUA PARTE, contribuindo para que sua cidade, seu bairro e seu quarteirão estejam sempre limpos, respeitando nossos recursos naturais e culturais preservando o Meio Ambiente, valorizando ainda mais nossa Cultura, nosso povo e NOSSA GENTE, mostrando a tanta gente que se ainda não somos, seremos com o envolvimento, comprometimento, respeito e cidadania praticadas por verdadeiros brasileiros, a MAIOR NAÇÃO DO MUNDO!


Temos muito trabalho pela frente desde “ontem”, portando, MÃOS A OBRA!


Arlindo Lima

Consultor de Turismo e Sócio Diretor da Fly Consult